quinta-feira, 22 de abril de 2010

Abre a tua redoma de estrelas
Deixe que caiam belas
Dançando sob um véu de versos
Acende aquelas cinco velas
Labirintos de portas abertas
Pintando nossa tela
Brilhando teu universo.

Mostra esse universo teu, não conheço
Sei das cores de ontem
Um curto tempo infinito
Tinta que pinta destroços
Muda esse teu olhar em sépia
Que guia o medo, um grito
Vendo a verdade prévia
Tempos seus que não eram nossos

Desliga essa câmera escura
Que enxerga tão claro
Apaga o velho cigarro
Abre nosso quadrado de férias
Aquela janela que escuta
A noite, lua desnuda
Iluminando de lado
A solidão do teu quarto.

Olha pro céu, vizinho antigo
Se senta ao teu lado, não ligo
Te mostra o que sou, você
Poeta que lê, teus olhos no traço
Acode o olhar cansado
Só te vejo, em tudo que faço
Escrevo nesse luar manchado  
Trago-te aqui pro meu lado.

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