segunda-feira, 29 de março de 2010

Tão delicada
Em seus gestos simples
De amor, talvez
Palavras ternas
Contraste do mirar
Olha o vazio
Os reflexos do escuro
Quero escalar esse muro
Escapar do mar.

Suaves vultos em ciano
 Sufocando como dá
Puxando pedaços sóbrios do que fui
Andorinhas em um mar sem peixes
Feixes de luz me tocam
tentando contrastar
sombras de luz
cores de ar.

Nos teus olhos nada
Em teus gestos menos
De que o vale o olhar alheio
Se não são teus olhos que eu vejo.

Obrigado pela chance
Mas já não vejo o alcance
 que tem o teu olhar
Se mira o futuro, o nu do escuro
ou simplesmente vê amar
Meus olhos surdos são mudos quanto ao desejo
Já não sei o que faço. 
Já não sei o que eu vejo.

Um comentário:

  1. que lindo, companheiro poeta. Belíssimo! É muito bom o hábito de escrever poemas de vez em quando.

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