segunda-feira, 29 de março de 2010

Tão delicada
Em seus gestos simples
De amor, talvez
Palavras ternas
Contraste do mirar
Olha o vazio
Os reflexos do escuro
Quero escalar esse muro
Escapar do mar.

Suaves vultos em ciano
 Sufocando como dá
Puxando pedaços sóbrios do que fui
Andorinhas em um mar sem peixes
Feixes de luz me tocam
tentando contrastar
sombras de luz
cores de ar.

Nos teus olhos nada
Em teus gestos menos
De que o vale o olhar alheio
Se não são teus olhos que eu vejo.

Obrigado pela chance
Mas já não vejo o alcance
 que tem o teu olhar
Se mira o futuro, o nu do escuro
ou simplesmente vê amar
Meus olhos surdos são mudos quanto ao desejo
Já não sei o que faço. 
Já não sei o que eu vejo.

domingo, 28 de março de 2010

Aprendemos algo.
Lembrar do amor
Encontros planejados
Desencontros do acaso
Casais da sorte
Descasados no tempo
Idéias perdidas
Sonhos inalcançáveis.

Lembrar de decepções
Não tão rara a dor
De quem já sonhou
Por caminhos rotos
Vias tortas do que era certo
Mas tu não vias que eu era incerto.

Lembrar de confusões
O que era almejado por eles,
Já foi o que queriam os nossos
Vários "Possos"
Em poços de clareza.

Aprendo algo
Quebrou-se o meu
Juntou no nosso
Nada que te completa
Falta em tirar um pedaço antes.